Como está a pediatria no mundo?
Na África, apesar de haver uma necessidade absoluta de atenção médica, são poucos pediatras e muito mais dedicados à assistência em consultórios. O trabalho do Child of Africa – projeto da IPA – é exatamente formar lideranças que possam atuar na saúde pública. O padrão norte-americano é muito focado na clínica privada e na assistência a partir de convênios. Quem não tem seguro, não tem, não existe um sistema universal de saúde. Mas eu diria que, tanto nos EUA, quanto na Europa, há uma crise, nesse momento, em relação à remuneração do médico. O "managed care" reduziu muito a remuneração dos médicos americanos. Na Europa, uma consulta pediátrica, paga em torno de 60 ou 70 euros. Mas se pensarmos, não é muito diferente do que a classe média paga no Brasil. O que eles têm muito mais, por exemplo, é estrutura de ensino e pesquisa, suporte. Mas para o pediatra, no dia-a-dia do consultório ou no hospital, não é muito diferente, os problemas são parecidos. Outra coisa que existe em alguns países da Europa, como a Holanda, é um controle rígido, chegam a delimitar quantos profissionais podem se formar, de acordo com a necessidade. Na Índia, no Paquistão, também há uma situação de carência, de má remuneração. Não há um perfil único, mas as dificuldades estão ocorrendo em todo o mundo.
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