segunda-feira, 27 de julho de 2009

27.O MÉDICO COMO PACIENTE

Os médicos, de um modo geral, cuidam mal de sua própria saúde e, quando se tornam pacientes causam dificuldades para serem tratados, aplicando-se-lhe, adequadamente, o ditado que diz:"casa de ferreiro, espeto de pau".
Diversos fatores influenciam nesse comportamento, a começar na faculdade, onde passam a se julgar imunes às doenças, pelo simples fato de estudarem medicina.
Após formados, pela falta de tempo, descuidam-se com a saúde e à vista de qualquer problema procuram solucioná-los através de consultas informais com outros colegas.
Pelo fato de não serem leigos, quando resolvem procurar um especialista já chegam, geralmente, com um diagnóstico pronto, o que dificulta enormemente o relacinamento doente-médico.
Em recente pesquisa na Faculdade de Medicina da USP, constatou-se que, na condição de pacientes, os médicos não aceitam prescrições que recomendem mudança de hábitos, constantemente se automedicam e são execessivamente desconfiados em relação ao tratamento a que estão sendo submetidos.
Aqueles que são internados não confiam nas condutas da equipe médica e o número de mortes, nas primeiras 48 horas de internação, é cinco vezes maior do que o verificado entre outros profissionais.
Tudo leva a crer que os médicos são vítimas da própria profissão.

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