terça-feira, 28 de julho de 2009

MORTALIDADE PERINATAL

Num país com tantas desigualdades sociais, em que só 30% dos cidadãos podem utilizar serviços privados de saúde e usufruir da alta tecnologia, o governo jamais poderá se eximir da responsabilidade pela saúde do povo, conforme tem dado a entender.
Não há acesso equânime ao sistema de saúde, reservando-se para os pobres os serviços básicos, de baixo custo.Para os pobres uma medicina pobre!
Se assim não fosse, evitar-se-ia, através da assistência perinatal adequada, pelo menos 25% das mortes de crianças viáveis, logo após o parto.
Mas, se o governo não prioriza a saúde como um todo, por que se haveria de esperar que o fizesse com a assistência perinatal?
Medidas simples poderão ter resultados significativos na redução dos índices de mortalidade perinatal: cuidados com a nutrição da gestante, prevenção da gravidez precoce de adolescente, estímulos ao aleitamento materno e ao parto normal, espaçamento entre os partos, planejamento familiar, ambulatórios para gestantes de alto risco, valorização da educação continuada e da qualificação dos profissionais, desenvolvimento de mecanismos para melhorar o nível de satisfação profissional(melhores salários, pagamento em dia,etc...).
Se providências urgentes não forem tomadas, o Brasil, que já ocupa o terceiro lugar, poderá ser o campeão em mortalidade perinatal na América Latina!

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